Reginaldo Rossi enciclopédia

23/04/2013 17:25

Reginaldo Rossi nesceu em  14/2/1944 Recife, PE. Cantor. Compositor. Estudou Engenharia Civil por quatro anos e chegou a dar aulas de matemática. Começou a se interessar por música em 1964, ouvindo os Beatles e intérpretes da Jovem Guarda.

Iniciou a carreira em 1964, imitando Roberto Carlos em apresentações em bares e clubes de Recife. Na época, era acompanhado pelo conjunto The Silver Jets. Em 1966 lançou selo Chantecler seu primeiro LP, "O pão", música título composta em parceria com Namir Cury e Orácio Faustino. No ano seguinte lançou o LP "Festa dos pães", música título feita em parceria com Waldemar Pimentel, além de outras de sua autoria como "Maior que Deus" e "Mexerico dos quadrados". Lançou o disco seguinte somente em 1970, já pela CBS, onde estreou com o LP "À procura de você", música de Geraldo Nunes e Clayton. Por essa época, afastou-se do gênero rock e passou a apresentar um repertório dentro do chamado brega-romântico, do qual se tornou um ícone. Lançou ainda mais quatro LPs pela CBS. Em 1976, passou a gravar pelo selo Beverly. No ano seguinte lançou o disco "Chega de promessas", novamente pela CBS. Ficou sem gravar até 1980, quando foi contratado pela EMI, e gravou o LP "A volta", com inúmeras composições de sua autoria, entre as quais, "Volta", com Dom Pixote, "Uma tentação", com Baby Santiago e "A idade do lobo". Seguindo-se nove discos ao longo da década, nos quais gravou, entre outras, "Sua ausência", de Eduardo Araújo, "A volta", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Por essa época era um fenômeno de vendas no Norte e Nordeste, mas continuava esquecido no eixo Rio-São Paulo. Em 1987 lançou um de seus maiores sucessos, "Garçon", de sua autoria e que estouraria no sul do país como grande sucesso no final da década de 1990. Em 1989 lançou o LP "Momentos de amor", com músicas como "Saí da tua vida", de Chico Roque e Carlos Colla, "Me tira da solidão", de Chico Roque, Telma e Carlos Colla e "Momentos de amor", de sua autoria. Na primeira metade dos anos 1990, lançou apenas um disco, pela modesta gravadora Celim. Em 1998 lançou pela Polydisc o CD "Reginaldo Rossi ao vivo", com seus grandes sucessos, entre os quais, "A raposa e as uvas", de sua autoria e "Mon amour, meu bem, ma femme", de Cleide. Em 1999, o CD "Reginaldo Rossi the king", contou com a participação de convidados como Wanderléia, em "Prova de fogo", de Erasmo Carlos, Golden Boys, em "Fumacê", de Solange Corrêa e Rossini Pinto, Roberta Miranda, em  "Vá com Deus", de autoria da própria cantora e do grupo de rock Planet Hemp, em "Negro gato", Getúlio Cortes. O disco vendeu 1 milhão de cópias. Em entrevista à revista "Veja", afirmou que se orgulha de ser rotulado de brega, falava de si em terceira pessoa e se comparava a Mozart. Entre seus maiores sucessos estão "O pão", "Mon amour, meu bem, ma femme", "A raposa e as uvas" e "Garçom", esta última a mais pedida em seus shows. Aceitou e ostenta o título de "Rei" da música brega. Em 2001 lançou novo CD ao vivo interpretando, entre outras, "O dia do corno", de sua autoria, "Será que foi saudade?", de Zezé di Camargo e "Em plena lua de mel", de Calyton e Cleide.
Em 2000, teve a sua música "Garçom", gravada por Roberta Miranda, no álbum ao vivo "A Majestade, o Sabiá", lançado pela Universal Music. Em 2007, teve as músicas "Mon amour", "Garçon" e "Dia do corno" gravadas pelo cantor Luano do Recife no Cd "Luano do Recife - Simplesmente brega - Volume 3". Ao longo da carreira recebeu 14 discos de ouro, dois de platina, um de platina duplo e um de diamante. Teve diversas de suas composições gravadas por diferentes cantores e grupos, entre os quais, o Mastruz com Leite, que gravou um CD com suas composições em ritmo de forró.

Obra

A dor, o pranto e a solidão
A guerra acabou
A idade do lobo
A porta
A raposa e as uvas
Amor, amor, amor
Antes, durante e depois
Arroz com feijão (c/ Jorge Mello)
As quatro estações
Barra pesada
Cheio de amor
Com outro rapaz (Você foi embora)
Coração safado
Dance
De hoje em dia
Decisão (c/ Jorge Mello)
Desterro
Dia a dia (c/ Jorge Mello)
Diário de Pernambuco
Dono do teu coração
Enquanto durou
Enquanto eu chorava
Era domingo
Feito de amor (c/ Beretta e Balsamo)
Felicidade
Férias em Itamaracá
Festa dos pães (c/ Waldemar Pimentel)
Gamadão (c/ Elenizio Moreira e Jocemar Ribeiro)
Garçom
Hoje à noite vou sair
Jeitinho brasileiro
Longe de mim
Maior que Deus
Masoquista
Me mata querida
Menino chato (c/ Ademir Batista)
Meu fracasso
Meu idiota coração
Meu tormento (c/ Adilson Silva)
Mexerico dos quadrados
Momentos de amor
Morrendo de amor
Mulher
Não agüento a solidão
Não é loucura me querer (c/ Adilson Silva)
Não mete a cara
Não sou nada
Não tem condição (c/ Cassiano Costa)
Não vale a pena
No claro ou no escuro (c/ Brás Baccarin)
No fim do baile (c/ Eddy Franco)
No jardim (c/ Hélio de Araújo)
Nos teus braços
Nosso momento
O amor em seus olhos (c/ Luiz Oliveira)
O dia do corno
O gênio cabeludo
O mal pela raiz
O melhor amigo meu
O melhor de mim (c/ Gláucia Prado)
O pão
O papa figo (c/ Nízio)
O paquerador
O rock vai voltar
O tempo é Deus
Ombro amigo
Os anjos cantam assim (c/ Waldemar Pimentel)
Os cacos do meu coração
Poema de um jovem apaixonado
Porque já não me mata de uma vez
Porquê?
Prisioneiro do rock
Procurando você
Quero matar de saudades (c/ Eros e Liebert)
Quero te pedir perdão
Roma e amor (c/ Flávio Berto)
RP rock (c/ Baby Santiago)
Saga
Sai de mim
Saudade imensa
Sem você eu já morri (c/ Luiz Carlos Magno)
Sem você não valho nada
Seu sentimento já morreu
Sonhando
Tenho algo a dizer-te (c/ Maria Alice)
Tenho que voltar
Tentação cigana
Teu melhor amigo
Teu olhar, teu andar
Tiazinha story
Um pedaço do céu
Um romance que ninguém leu
Um tempo de emoção
Uma alegre canção
Uma história tão linda
Uma tentação (c/ Baby Santiago)
Você faz feliz meu coração
Você quase acaba comigo (c/ Nivaldo Duarte)
Volta (c/ Dom Pixote)
Vou acabar com a vida de quem
Vou botar pra quebrar

Discografia

(2003) Reginaldo Rossi • EMI • CD
(2003) Ao Vivo, O melhor do brega • Indie Records • CD
(2001) Reginaldo Rossi ao vivo • Sony Music • CD
(2001) Para Sempre -Reginaldo Rossi • EMI • CD
(2000) Reginaldo Rossi • Sony Music • CD
(1999) Reginaldo Rossi the king • Sony Music • CD
(1999) Popularidade-Reginaldo Rossi • Continental • CD
(1998) Reginaldo Rossi-ao vivo • Polydisc • CD
(1992) Reginaldo Rossi. Celim • LP
(1990) O rei • EMI • LP
(1989) Momentos de amor • EMI • LP
(1987) Reginaldo Rossi • EMI • LP
(1986) Reginaldo Rossi • EMI • LP
(1983) Sonha comigo • EMI • LP
(1982) A raposa e as uvas • EMI • LP
(1981) Cheio de amor • EMI • LP
(1980) A volta • EMI • LP
(1977) Chega de promessas • CBS • LP
(1976) Reginaldo Rossi • Beverly • LP
(1974) Reginaldo Rossi • CBS • LP
(1973) Reginaldo Rossi • CBS • LP
(1972) Nos teus braços • CBS • LP
(1971) Reginaldo Rossi • CBS • LP
(1970) `A procura de você • CBS • LP
(1967) Festa dos pães • Chantecler • LP
(1966) O pão • Chantecler • LP

Shows

2001 - Metropolitan - RJ
2001 - Olimpia - SP

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

Quem nunca se pegou cantando "Garçom" ou "A raposa e as uvas"? E, talvez, com espanto, percebeu saber toda a letra. O certo é que a música de Reginaldo Rossi agrada de jovens àqueles que viram a estréia do cantor em 1964, ainda na ebulição da Jovem Guarda. Para saciar os fãs cearenses, o "Rei" apresenta, amanhã, no Ideal Clube, seus maiores sucessos

Ele já morou nos Estados Unidos, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mas, sua casa é o Nordeste. Amante do litoral, Reginaldo Rossi garante não trocar as terras daqui por nenhum outro lugar.

Sempre viajando, com agenda cheia, ele faz uma parada especial em Fortaleza. Vem para cantar, em show chiquérrimo no Ideal Clube, e, claro, se divertir também. "O público é maravilhoso. Eu adoro esta cidade", derrama-se em elogios.

Verdadeiro ´showman´, como se autodenomina, o cantor vai além de interpretar as obrigatórias "Mon amour, meu bem, ma femme", "A raposa e as uvas", "Em plena lua-de-mel", "Leviana", "Hoje eu quebro essa mesa" e, obviamente, "Garçom". Descontraído, brincalhão e cheio de carisma, Rossi dança e ainda tira uma de humorista, contando histórias engraçadas no intervalo entre as canções.

Talvez, por isso mesmo, acaba virando refém dos fãs. "Tem show que chego a cantar Garçom até quatro vezes porque as pessoas pedem muito. Eu digo que acabei de cantar, mas choram dizendo que ainda não tinham chegado, aí acabo cantando mais uma vez", conta.

Sem falsa modéstia, Reginaldo acredita que a receita para estar há tanto tempo em cena (desde 1964, quando embarcou na Jovem Guarda como integrante do grupo The Silver Jets) é a qualidade das músicas. "As minhas são boas e é isso que vale. Todo dia surge pelo menos um grupo ou artista novo, mas também desaparecem, pelo menos, uns três. Só os bons ficam realmente", argumenta.

Rei do brega
Pernambucano, antes de enveredar pelo mundo musical, Rossi foi professor de matemática e física e ainda estudou engenharia. ´Tem gente que pensa que eu não tenho conhecimento por cantar as músicas que canto e isso não tem nada a ver´, diz.

O cantor dispara ainda que ´esse negócio de brega e chique é babaquice´. Para ele, o importante é cantar o amor e não há nada de brega, no sentido pejorativo, nisso. "Ser chamado de rei já é uma grande coisa, não importa do que seja. É um diferencial maravilhoso. Eu gosto muito", brinca.

Sem preconceito
Além de boas músicas, Rossi acredita que seu carisma e relacionamento com os fãs também contribuem para a longevidade de sua carreira. O cantor é daqueles que entra e sai bem de qualquer lugar: desde shows em praças públicas até ambientes mais sofisticados.

Garante que não faz distinção entre os fãs e só quer saber de ouvir suas músicas entoadas em coro pelo público. ´Todo mundo é igual, faz cocô e xixi´, brinca. Ele destaca que a única diferença é no repertório, já que em alguns locais as pessoas não gostam de músicas internacionais. "Eu canto o que as pessoas gostam", afirma.

Projetos
Para os fãs, ele adianta que está em fase de produção uma série de dez episódios baseados em suas músicas. A atração comandada pelo diretor Paulo Caldas vai concorrer a um horário na grade de programação da TV Globo. "Fiquei muito honrado com o convite", diz. Fora isso, afirma não fazer planos profissionais. "Sou um artista na alma e prefiro deixar as coisas acontecerem naturalmente", filosofa.

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